Conheço algumas pessoas ligadas ao associativismo juvenil que tem despontado em Sesimbra. Sei que é com algumas dificuldades que estes grupos vivem e sobrevivem. Estão dependentes da carolice de muitos, dos sócios, e… infelizmente, da autarquia.
Muitos terão tido o prazer de assistir ao trio eléctrico da associação ‘Bigodes de Rato’. Muitos, mas não todos. Eu não vi. Esperei até à meia-noite e nada. Os anunciados ‘Jogos Sem Fronteiras’ agendados para a mesma noite, plantados a meio da marginal, atrasou a saída do trio. Os ‘Jogos Sem Fronteiras’, diga-se a bem da verdade, não tiveram a mínima piada, excepto, possivelmente, para as pessoas que neles participaram. Faltou o Eládio Clímaco. Faltou animação. Faltou imaginação. Faltou a repetição das quedas aparatosas em câmara lenta.
O trio não conseguiu, por isso, movimentar as massas, disseram-me. É para isso, no entanto, que um evento deste género serve. Mas quem comanda a cultura na Câmara Municipal de Sesimbra (pasta que está sob a alçada do presidente Amadeu Penim) não sabe disso. Assim como não sabe programar este tipo de actividades, ou não realizaria para o mesmo dia o trio e os jogos. E, como se não bastasse, não descem à terra para perguntar a quem anda cá por baixo.
No Sábado, 13 de Agosto, um novo trio vai percorrer a marginal, desta feita sob a responsabilidade da ‘Tripa Cagueira’. Esperemos que uns e outros tenham aprendido alguma coisa e saibam tirar partido da situação.
Já sei, de antemão, que ambos os grupos – Bigodes e Tripa – se propuseram a realizar estes eventos. Ou seja, da Câmara, por isto, não recebem um tusto. E, como se não bastasse, a autarquia não permitirá a venda de bebidas durante o desfile que, tem sido até aqui, uma forma destes grupos ganharem qualquer coisa com o trabalho que têm.
Para a próxima, o mais provável, é que estes jovens façam um manguito à Câmara. Um merecido manguito se não for pior.
quarta-feira, julho 27, 2005
terça-feira, julho 26, 2005
Cadê o ‘Sesimbra à Quinta’?
Ao mesmo tempo que ressurgiu, sabe-se lá de onde, o semanário ‘Nova Morada’, dei conta do desaparecimento, nas últimas semanas do ‘Sesimbra à Quinta’. Quanto ao primeiro, fiquei a saber, através dum outro jornal quinzenário, que haveria um desentendimento entre os proprietários. O assunto foi até tema de primeira página desse outro concorrente do nosso (pobre) panorama informativo. Se o mereceu, não discuto. Acho sim que é discutível o facto de a jornalista ter-se limitado a ouvir uma das versões do sucedido, sem dar voz ao director do ‘Nova Morada’ para ‘defender a sua honra’, como este bem reclamou no seu último editorial.
As tricas só provam que, para muita gente, há falta de assunto. Até a nível local se vive uma 'silly season'. Nem parece que temos as autárquicas à porta. Nem parece que o presidente da autarquia, Amadeu Penim, anda há muito desaparecido. Nem parece que os pescadores estão em plena luta pelo seu futuro e pelo da sua terra. Nem parece que o PS foi o único partido que não fez apresentação pública dos seus candidatos às próximas autárquicas. Nem parece que o PS pode estar à beira duma derrota estrondosa. Nem parece que no panorama político concelhio surgiu uma nova força com pernas para andar e preparada para fazer mossa. Nem parece que há um grupo de independentes a formar-se na Quinta do Conde. Nem parece que a ‘Nova Galé’ lançou um novo CD. Enfim, nem parece que o mundo continua a girar.
E foi no meio desta escassez de acontecimentos que desapareceu o novo jornal ‘Sesimbra à Quinta’. É certo que este não trouxe nada de novo à informação da população. Aumentou-se em quantidade mas pouco em qualidade. Mas era mais um. E, para todos os efeitos, até era dos melhorzitos que por aí andam. Tinha poucos erros, tratava os acontecimentos políticos, esclarecendo os leitores sobre o que lá se passava.
O mais estranho é o ‘Sesimbra à Quinta’ ter desaparecido logo após um editorial da directora, Natália Abreu, a criticar tudo e todos aqueles que, alguma vez, puseram em causa o futuro do jornal que dirigia, ao mesmo tempo que afirmava, peremptoriamente, que continuaria a sua missão.
Depois disso, ‘puff’. Foi um ar que se lhe deu.
Onde lhe ficou toda a razão que afirma ter com tanta certeza?
Às vezes corre mal!
Mas convém baixar um pouco a crista. A presunção é terrível. E a humildade nunca fez mal a ninguém.
Já agora, desejo que consiga resolver o que quer que se esteja a passar. Mas no regresso, lembre-se que, todos precisamos de todos. Disparar a torto e a direito, em todas as direcções, como se fosse dona da razão, não é boa política.
As tricas só provam que, para muita gente, há falta de assunto. Até a nível local se vive uma 'silly season'. Nem parece que temos as autárquicas à porta. Nem parece que o presidente da autarquia, Amadeu Penim, anda há muito desaparecido. Nem parece que os pescadores estão em plena luta pelo seu futuro e pelo da sua terra. Nem parece que o PS foi o único partido que não fez apresentação pública dos seus candidatos às próximas autárquicas. Nem parece que o PS pode estar à beira duma derrota estrondosa. Nem parece que no panorama político concelhio surgiu uma nova força com pernas para andar e preparada para fazer mossa. Nem parece que há um grupo de independentes a formar-se na Quinta do Conde. Nem parece que a ‘Nova Galé’ lançou um novo CD. Enfim, nem parece que o mundo continua a girar.
E foi no meio desta escassez de acontecimentos que desapareceu o novo jornal ‘Sesimbra à Quinta’. É certo que este não trouxe nada de novo à informação da população. Aumentou-se em quantidade mas pouco em qualidade. Mas era mais um. E, para todos os efeitos, até era dos melhorzitos que por aí andam. Tinha poucos erros, tratava os acontecimentos políticos, esclarecendo os leitores sobre o que lá se passava.
O mais estranho é o ‘Sesimbra à Quinta’ ter desaparecido logo após um editorial da directora, Natália Abreu, a criticar tudo e todos aqueles que, alguma vez, puseram em causa o futuro do jornal que dirigia, ao mesmo tempo que afirmava, peremptoriamente, que continuaria a sua missão.
Depois disso, ‘puff’. Foi um ar que se lhe deu.
Onde lhe ficou toda a razão que afirma ter com tanta certeza?
Às vezes corre mal!
Mas convém baixar um pouco a crista. A presunção é terrível. E a humildade nunca fez mal a ninguém.
Já agora, desejo que consiga resolver o que quer que se esteja a passar. Mas no regresso, lembre-se que, todos precisamos de todos. Disparar a torto e a direito, em todas as direcções, como se fosse dona da razão, não é boa política.
domingo, julho 24, 2005
7 pisos
Dói-me! Confesso que me dói o coração de cada vez que dou de caras com o empreendimento do ‘Mar da Califórnia’. Há dias, quando assisti num dos nossos telejornais à implosão de alguns pavilhões da prisão brasileira ‘Carandiru’, confesso que me apeteceu ir até lá perguntar-lhes como aquilo funciona, para, quem sabe um dia, aplicar o mesmo aqui.
Sonhos à parte… Este fim-de-semana fui à praia de Sesimbra. Tentei, com todas as minhas forças, vencer o pânico que senti ante a perspectiva de dar vinte voltas à vila para conseguir estacionar o carro. A meio dessa maratona, a suar em bica, com os cabelos em pé, e prestes a dar-me por vencid@ e retornar a casa, dei de caras com um cartaz a anunciar o estacionamento do ‘Mar da Califórnia’.
“Porque não?”. Pensei. Fiz o mesmo que fazem os putos quando não gostam da sopa. Tapei o nariz, fechei os olhos e toma lá disto.
No local do crime (ambiental), deixei a viatura, num local indicado por um homem que por lá andava, sem estar identificado. Por momentos, pensei que fosse mesmo um toxicodependente a quem o Pólvora tirou o sustento, leia-se, os lugares da marginal. Mas não. Não me ligou nenhuma, meti a moeda de euro no bolso e segui caminho. Mochila às costas, pesada, chapéu-de-sol num braço, cadeira no outro, jornais entalados debaixo do braço. Quando dei por mim estava, nada mais, nada menos, do que no 7.º piso. A verdade é que, a descer, todos os santos ajudam.
A meio do caminho, quando parei para apanhar o jornal que já tinha escorregado e ficado um lance de escadas acima, perdi a conta, mas a coisa deve andar pela centena de degraus. Enfim, 7 pisos são… 7 pisos… sem janelas… e em caracol… Estão a imaginar o sufoco.
O tempo não estava agradável. Muito vento, areia no ar, no cabelo, nos ouvidos, no nariz, na toalha, no jornal.
Peguei na trouxa, uma hora depois, e subi a tal centena de lugares (desta feita preferi nem os contar). Enfim, 7 pisos são… 7 pisos…
Resumindo, está decidido! Vou mesmo escrever aos brasileiros.
Digam-me lá, se isto faz sentido na cabeça de alguém?! Os nossos governantes fartam-se de anunciar o turismo de qualidade que pretendem implantar em Sesimbra. E, para isso, constroem mega-parques de estacionamento, em que o turista do garrafão, (que tem todo o direito a sê-lo e a fazê-lo) que chega de manhã e vai embora ao final da tarde, tem um óptima forma de vir à praia, estacionar o carro, descer 7 pisos, e subir outra centena de degraus, cozido do sol, para regressar à viatura. Com esta perspectiva alguém terá vontade de ir até ao centro da vila comer um gelado, ver umas lojas, fazer umas compras??!
Por este andar, qualquer dia até conseguem correr com esta gente que ainda nos faz o favor de visitar!
Eu, já desisti!
Sonhos à parte… Este fim-de-semana fui à praia de Sesimbra. Tentei, com todas as minhas forças, vencer o pânico que senti ante a perspectiva de dar vinte voltas à vila para conseguir estacionar o carro. A meio dessa maratona, a suar em bica, com os cabelos em pé, e prestes a dar-me por vencid@ e retornar a casa, dei de caras com um cartaz a anunciar o estacionamento do ‘Mar da Califórnia’.
“Porque não?”. Pensei. Fiz o mesmo que fazem os putos quando não gostam da sopa. Tapei o nariz, fechei os olhos e toma lá disto.
No local do crime (ambiental), deixei a viatura, num local indicado por um homem que por lá andava, sem estar identificado. Por momentos, pensei que fosse mesmo um toxicodependente a quem o Pólvora tirou o sustento, leia-se, os lugares da marginal. Mas não. Não me ligou nenhuma, meti a moeda de euro no bolso e segui caminho. Mochila às costas, pesada, chapéu-de-sol num braço, cadeira no outro, jornais entalados debaixo do braço. Quando dei por mim estava, nada mais, nada menos, do que no 7.º piso. A verdade é que, a descer, todos os santos ajudam.
A meio do caminho, quando parei para apanhar o jornal que já tinha escorregado e ficado um lance de escadas acima, perdi a conta, mas a coisa deve andar pela centena de degraus. Enfim, 7 pisos são… 7 pisos… sem janelas… e em caracol… Estão a imaginar o sufoco.
O tempo não estava agradável. Muito vento, areia no ar, no cabelo, nos ouvidos, no nariz, na toalha, no jornal.
Peguei na trouxa, uma hora depois, e subi a tal centena de lugares (desta feita preferi nem os contar). Enfim, 7 pisos são… 7 pisos…
Resumindo, está decidido! Vou mesmo escrever aos brasileiros.
Digam-me lá, se isto faz sentido na cabeça de alguém?! Os nossos governantes fartam-se de anunciar o turismo de qualidade que pretendem implantar em Sesimbra. E, para isso, constroem mega-parques de estacionamento, em que o turista do garrafão, (que tem todo o direito a sê-lo e a fazê-lo) que chega de manhã e vai embora ao final da tarde, tem um óptima forma de vir à praia, estacionar o carro, descer 7 pisos, e subir outra centena de degraus, cozido do sol, para regressar à viatura. Com esta perspectiva alguém terá vontade de ir até ao centro da vila comer um gelado, ver umas lojas, fazer umas compras??!
Por este andar, qualquer dia até conseguem correr com esta gente que ainda nos faz o favor de visitar!
Eu, já desisti!
sábado, julho 23, 2005
Opinião isenta :-S
Há muito tempo que não escrevia. Tenho adiado, de dia para dia, essa necessidade e obrigação. Julgo que a minha voz, como qualquer outra que se levante, faz falta a esta terra.
Neste regresso à causa, não vou alargar-me muito. Muito se passou nesta terra, desde que fui forçad@ ao silêncio. Este é, no entanto, o momento, em que mais do que nunca devemos fazer ouvir as nossas opiniões. Nesta altura do ano, com a proximidade das autárquicas, é normal os políticos estarem mais atentos aos anseios de quem tem a obrigação ou necessidade de aqui viver. Falemos então!
Tenho acompanhado os desenvolvimentos das autárquicas através dos jornais. E estou muito admirad@!
Não há entrevistas… ou as que saem avulso são insipidas e sem as perguntas que conduzam às respostas que realmente interessam. Mais pasmad@ fiquei quando li no antiquíssimo ‘O Sesimbrense’ uma nota do Director, David Sequerra, a anunciar que, durante o período pré-eleitoral e eleitoral, seria o mais isento possível. Confesso que não compreendi o anúncio pois isso deveria ser um pressuposto. É algo que já lá está e não precisa de ser anunciado. A isenção em jornalismo faz-se não se diz.
Mas o mais curioso de tudo, é ter comprovado que para este “Senhor Director” a isenção é silêncio. Ou seja, o jornal pouco ou nada noticia sobre as eleições, os candidatos, as tricas políticas, as listas… Quem foi que disse a este “Senhor Director” que isenção é omissão?… quem lhe disse que isenção significa não-informação?
Um jornal do gabarito que o “Senhor Director” tanto faz questão de anunciar e sublinhar em qualquer ocasião, deveria ter como dever máximo e principal objectivo INFORMAR, para que no próximo dia 9 de Outubro, a população de Sesimbra pudesse votar em consciência.
Pode-se informar sem ser partidário.
Mas, convém que alguém explique ao “Senhor Director” d’O Sesimbrense, o que significa informar. É que… se bem me lembro de ver numa das últimas primeiras páginas que fez, lançava rasgados elogios à nova marginal e ao empreendimento ‘Mar da Califórnia’. Ora bem, “Senhor Director”, esta será a primeira lição: essas considerações que escreveu sobre essa obra são o oposto de isenção. Nem sequer são informação. São deformação.
Neste regresso à causa, não vou alargar-me muito. Muito se passou nesta terra, desde que fui forçad@ ao silêncio. Este é, no entanto, o momento, em que mais do que nunca devemos fazer ouvir as nossas opiniões. Nesta altura do ano, com a proximidade das autárquicas, é normal os políticos estarem mais atentos aos anseios de quem tem a obrigação ou necessidade de aqui viver. Falemos então!
Tenho acompanhado os desenvolvimentos das autárquicas através dos jornais. E estou muito admirad@!
Não há entrevistas… ou as que saem avulso são insipidas e sem as perguntas que conduzam às respostas que realmente interessam. Mais pasmad@ fiquei quando li no antiquíssimo ‘O Sesimbrense’ uma nota do Director, David Sequerra, a anunciar que, durante o período pré-eleitoral e eleitoral, seria o mais isento possível. Confesso que não compreendi o anúncio pois isso deveria ser um pressuposto. É algo que já lá está e não precisa de ser anunciado. A isenção em jornalismo faz-se não se diz.
Mas o mais curioso de tudo, é ter comprovado que para este “Senhor Director” a isenção é silêncio. Ou seja, o jornal pouco ou nada noticia sobre as eleições, os candidatos, as tricas políticas, as listas… Quem foi que disse a este “Senhor Director” que isenção é omissão?… quem lhe disse que isenção significa não-informação?
Um jornal do gabarito que o “Senhor Director” tanto faz questão de anunciar e sublinhar em qualquer ocasião, deveria ter como dever máximo e principal objectivo INFORMAR, para que no próximo dia 9 de Outubro, a população de Sesimbra pudesse votar em consciência.
Pode-se informar sem ser partidário.
Mas, convém que alguém explique ao “Senhor Director” d’O Sesimbrense, o que significa informar. É que… se bem me lembro de ver numa das últimas primeiras páginas que fez, lançava rasgados elogios à nova marginal e ao empreendimento ‘Mar da Califórnia’. Ora bem, “Senhor Director”, esta será a primeira lição: essas considerações que escreveu sobre essa obra são o oposto de isenção. Nem sequer são informação. São deformação.
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