Ao mesmo tempo que ressurgiu, sabe-se lá de onde, o semanário ‘Nova Morada’, dei conta do desaparecimento, nas últimas semanas do ‘Sesimbra à Quinta’. Quanto ao primeiro, fiquei a saber, através dum outro jornal quinzenário, que haveria um desentendimento entre os proprietários. O assunto foi até tema de primeira página desse outro concorrente do nosso (pobre) panorama informativo. Se o mereceu, não discuto. Acho sim que é discutível o facto de a jornalista ter-se limitado a ouvir uma das versões do sucedido, sem dar voz ao director do ‘Nova Morada’ para ‘defender a sua honra’, como este bem reclamou no seu último editorial.
As tricas só provam que, para muita gente, há falta de assunto. Até a nível local se vive uma 'silly season'. Nem parece que temos as autárquicas à porta. Nem parece que o presidente da autarquia, Amadeu Penim, anda há muito desaparecido. Nem parece que os pescadores estão em plena luta pelo seu futuro e pelo da sua terra. Nem parece que o PS foi o único partido que não fez apresentação pública dos seus candidatos às próximas autárquicas. Nem parece que o PS pode estar à beira duma derrota estrondosa. Nem parece que no panorama político concelhio surgiu uma nova força com pernas para andar e preparada para fazer mossa. Nem parece que há um grupo de independentes a formar-se na Quinta do Conde. Nem parece que a ‘Nova Galé’ lançou um novo CD. Enfim, nem parece que o mundo continua a girar.
E foi no meio desta escassez de acontecimentos que desapareceu o novo jornal ‘Sesimbra à Quinta’. É certo que este não trouxe nada de novo à informação da população. Aumentou-se em quantidade mas pouco em qualidade. Mas era mais um. E, para todos os efeitos, até era dos melhorzitos que por aí andam. Tinha poucos erros, tratava os acontecimentos políticos, esclarecendo os leitores sobre o que lá se passava.
O mais estranho é o ‘Sesimbra à Quinta’ ter desaparecido logo após um editorial da directora, Natália Abreu, a criticar tudo e todos aqueles que, alguma vez, puseram em causa o futuro do jornal que dirigia, ao mesmo tempo que afirmava, peremptoriamente, que continuaria a sua missão.
Depois disso, ‘puff’. Foi um ar que se lhe deu.
Onde lhe ficou toda a razão que afirma ter com tanta certeza?
Às vezes corre mal!
Mas convém baixar um pouco a crista. A presunção é terrível. E a humildade nunca fez mal a ninguém.
Já agora, desejo que consiga resolver o que quer que se esteja a passar. Mas no regresso, lembre-se que, todos precisamos de todos. Disparar a torto e a direito, em todas as direcções, como se fosse dona da razão, não é boa política.
terça-feira, julho 26, 2005
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3 comentários:
A P€licano/B€S t€m f€ito publicar anúncios de página int€ira nos nossos jornais r€gionais. Custa caro! € com isso cons€guiu que "c@rtos" assuntos foss€m €squ€cidos € foss€m modificadas as opiniõ€s dos jornalistas (basta l€r os artigos do ant€s d€...).
Portanto, r€lativam€nt€ ao "Cadê...", talv@z algu€m €stiv€ss€ à €sp€ra de qualqu€r anunciozinho qu€ não apar€c€u.. Talv€z.
Lá temos de continuar a ler o orgão oficial dos almoços e jantares dos Rotários, cujo director é um tal Sequerra, ex-uma data-de-coisas...
Da barca do meu pai é que ele nunca comeu peixe, dasse! Tá largo!
Coitada nem os amigos do PSD lhe valeram.
A senhora deve ter aprendido, em Setúbal, com o Mata Caceres os seus tiques de arrogância.
Sesimbra já foi descoberta há muito tempo. Mas lá que temos sido infelizes lá isso temos. Será azar a nossa sina?
Já agora que se fossem também os Penins e os Pólvoras, antes que seja tarde de mais.
Lurdes
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