quarta-feira, janeiro 25, 2006

Capacidade de encaixe


Esta caracteristica é algo que se tem vindo a perder com os solavancos da carruagem. Se é verdade que em tempos idos a capacidade de encaixe dos portugueses no geral e dos individuos em particular era grande, a evolução redundou numa perda quase total desse democrático saber.

Vejamos um exemplo:

Se os portugueses se habituaram durante dezenas de anos a encaixar a falta de liberdade, a subversão de direitos e a falta de democracia, a verdade é que hoje em dia a intolerância do direito de pensar diferente é considerada uma ofensa quase pessoal e a critica entendida de forma destrutiva pelo seu alvo.

Aquilo que se passou no passado e o que se passa actualmente, apresenta algumas analogias infelizes. Duma forma ou de outra, pela força ou pela falta de sentido critico e humildade, subverte-se a liberdade. Este é um defeito que parece assolar especialmente as pessoas que são eleitas pelos nossos votos. A resposta à diferença de opinião é normalmente transformada em destabilização da calma podre favorável a quem está no poder.

Como dizia o outro, a democracia é o menos mau dos sistemas, mas para isso é necessário que o tenhamos no sangue. O mal é que o frio gelou o sangue de alguns.

«Abriguem-se, que hoje tá a dar chuva! Vamos, toca a vestir a roupa de oleado. Eu cá já levei a jaqueta à do Zé Calisto pra pôr um remendo!»

1 comentário:

Anónimo disse...

Á granda Zé Calisto, o homem k tem o papagaio mais educado de sesimbra.

pexito olharuco