É verdade. A vila de Sesimbra tem estado mais movimentada. As noites da marginal fazem lembrar os bons velhos tempos da piscosa, quando era um local escolhido para férias por muitos. Centenas de pessoas passeiam-se de um lado para o outro, as esplanadas estão cheias. Tudo parece bom e bonito.
Estas centenas de pessoas até já têm um mega-parque onde deixar o carro. Não é, nem de longe nem de perto, a melhor opção. Mas é a que temos. E é um estacionamento.
Estas centenas de pessoas não sabiam era que estavam a ser comidas por parvas, enganadas, ludibriadas.
Foram estas mesmas centenas de pessoas que, finalmente, vieram a Sesimbra e conseguiram estacionar o carro que me fizeram companhia, no domingo, numa fila interminável de trânsito que se estendia desde o Feijão até ao semáforo de Santana, de Santana até à rotunda, da Carrasqueira até ao Marco do Grilo e daí até à entrada para a auto-estrada. Pelo caminho vi mais alguns companheiros, que vinham da Corredoura, numa fila que, segundo deduzo, deveria estender-se até à Aldeia do Meco ou Lagoa de Albufeira, e outros que reencontrei no Marco do Grilo, vindos desta última praia.
É que, mal ou bem, não adianta apenas criar o estacionamento. Com isto resolvemos um problema mas criamos dois mega-problemas: 1) o empreendimento do Mar da Califórnia, 2) o trânsito.
Falta planeamento, falta estratégia, falta visão de futuro. É claro que queremos ter pessoas em Sesimbra. Mas não queremos que o mundo inteiro cá venha, até porque não cabe! A vila tem limites. Tudo tem limites. E espero que a paciência dos eleitores também tenha limites.
Posso garantir que muitos dos meus vizinhos de fila de trânsito prometeram nunca mais cá voltar.
Já agora… depois de tanto sol e mar. O que terão feito os turistas em Sesimbra durante estes dias cinzentos. Será que optaram por ir até ao Fórum Almada, na falta de melhor alternativa?! Não duvido!
quarta-feira, agosto 10, 2005
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