Que o site da Câmara Municipal de Sesimbra deixa muito a desejar em termos informativos não é novidade para ninguém. Fica para a história o facto de vários meses depois das últimas autárquicas, que resultaram na mudança do executivo camarário, ainda constar o anterior, com contactos de e-mail, fotos e distribuição pelouros sem alteração. Como consequência, o ex-vereador Cristóvão Rodrigues, por exemplo, continuou a sê-lo, pelo menos virtualmente, durante muito mais tempo do que o previsto. Senão fosse tão caricato e vergonhoso, até dava vontade de rir. Mas este é apenas mais um exemplo, e não é, nem de longe nem de perto, o mais gritante, de que a Câmara Municipal de Sesimbra está a leste de tudo.
Esta semana estive a preparar um trabalho sobre o nosso concelho e aproveitei para dar uma espreitadela nesse site, com o objectivo de lá descobrir alguma coisa que me pudesse ajudar. Já devia saber o que a casa gasta mas, mesmo assim, decidi dar-lhes o benefício da dúvida.
E o que descobri… Bem… O que descobri… serviu para escrever este post e pouco mais. Vou transcrever o conteúdo:
«No concelho de Sesimbra tem-se verificado, em termos populacionais, um considerável crescimento, essencialmente a partir dos anos 70. Assim, no início desta década, a região contava apenas com 16.656 habitantes; à data de 1985 o aumento da população tinha sido considerável – o concelho passava a incluir no seu território 25.500 pessoas. Segundo estimativas relativas a esta data, a densidade populacional seria de 131 habitantes por km2.»
E é isto. Tão só e apenas isto. Ou seja, é bem sabido que actualmente, só a freguesia da Quinta do Conde tem quase a mesma população do que o concelho, segundo esta referência, possuía em 1985. Ah sim, convém alguém lembrar a estes senhores que desde a década de 80, mais concretamente em 1991 e 2001 foram promovidos censos. Essa informação, facilmente acessível em bons sites disponíveis na Internet, pode ser acedida por qualquer um.
Mais à frente, diz assim o site da Câmara: «Os edifícios distribuídos pelo território concelhio têm, na sua maioria, um, dois ou três pavimentos, e o período no qual se verificou um maior número de construções foi o compreendido entre 1971 e 1979 – no qual se ergueram 4839 dos 8900 edifícios existentes no concelho até 1981.»
Um, dois ou três?! Desculpem?! Alguém anda a precisar de um par de óculos. Duh! 8900 edifícios?! E hoje? Porque não fala o site do estado actual das coisas? Pois… Eu também teria vergonha!
Mas as pérolas continuam: «A população concelhia é relativamente jovem – a sua maioria tem idades compreendidas entre os 15 e os 44 anos. Agrupa-se em famílias que, na generalidade não ultrapassam as 4 pessoas. Nestas famílias, o número de elementos activos é, na maior parte dos casos, reduzido – um, predominantemente, se bem que a existência de dois elementos activos também se verifique em número considerável de núcleos familiares».
Porque será que cada vez mais tenho a convicção de que esta Câmara perdeu-se algures no século passado?...
E para terminar: «O Sesimbrense trabalha predominantemente na sua terra – deste modo, segundo dados estatísticos de 1981, 77,2% da população concelhos exerce a sua ocupação dentro dos limites do concelho, distribuindo-se a restante e, por ordem decrescente, pelos concelhos de Lisboa, Setúbal, Almada e Seixal.»Bom… realmente isto só pode ter acontecido no século passado. E com certeza referia-se aos pescadores… e aos empregados da própria autarquia. Duh!
terça-feira, agosto 02, 2005
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3 comentários:
Chamem-me o que quiserem mas esta merdança não pode continuar!
Infelizmente a teoria de uma cabeça um voto provoca esta situação. Que se f... este estilo de democracia. Todos iguais por baixo. Mas para os tais, não! Puta que os pariu.
Até quando temos de aturar e PAGAR isto? No concelho e no País.
Começo a pensar o que nunca me passou pela cabeça. Será que o Velho tinha razão? Será?
O que este presidente Amadeu Polvora, nos fez?
Fora. Nem mais um mandato e se possivel já , agora. Rua com esta gente incompetente e mediocre.
Fora com a coligaçao.
Felizmente já existem alternativas ao Amadeu de Polvora
Bilbocas
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