quarta-feira, dezembro 29, 2004

Claro! Alfarim!

Li no pexito.blogspot.com um post sobre a Festa em Honra da Nossa Senhora da Conceição, em Alfarim. O post diz que o Natal, nesta aldeia é comemorado no dia da festa em honra da padroeira, a 26 de Dezembro, e fiquei na dúvida sobre se se falaria com conhecimento de causa ou se por mero gozo. Se foi por gozo, julgo que o referido blogue acabou de perder os potenciais leitores de Alfarim, pois, ao que sei, não há alfarinheiro a quem não salte a tampa quando ouve um comentário do género. Obviamente - explicaram-me um dia - que em Alfarim se comemora o Natal no mesmo dia que em qualquer outro lado do país: a 25 de Dezembro. Confesso que, na altura, na minha ingenuidade pexita achava mesmo que ali, entre as Caixas e a Aldeia do Meco, as prendas só eram abertas no dia 26. Foi o fim de um mito.
Há uns anos cheguei a passar por lá, na ressaca do Natal, ainda a chupar Kompensan's para combater a azia resultante das alarvices do dia 25 de Dezembro, e fiquei espantad@ com a quantidade de gente bem vestida que lá andava.
Curiosamente também não precisei do passaporte, nem de fazer 'check in' para passar do cruzeiro, o que também acabou com um dos meus mitos.
Os alfarinheiros, esses, eram facilmente reconhecíveis no meio do 'maralhal', assim como é fácil identificar os pexitos no dia da Festa das Chagas. Na memória ficaram-me as imagens de um fogo de artíficio como nunca tinha visto igual em Sesimbra.
Quando fazem uma coisa, os alfarinheiros não a fazem por menos.
Este ano, ainda não passei por Alfarim enfeitada. Mas se o fizesse, saltar-me-ia à vista o famoso largo central, ou jardim (como lhe quiserem chamar) por onde os visitantes de espalham. Isto porque, várias vezes, foi prometido que aquele espaço seria alvo de obras, de forma a dar outra dignidade à aldeia que se diz independente, e dar melhores condições àqueles que ali se juntam para comercializar as verduras, pão e afins.
A justificação que corre por aí, para ainda não se ter mexido uma palha, é que aos trabalhadores da Câmara, exigiram visto de permanência. Acredite quem quiser!

Maremoto

Infelizmente, há épocas do ano em que tudo nos cai em cima. Neste final de 2004, uma onda desabou lá longe, na Ásia, e virou tudo de pantanas. Emocionamo-nos ao ver a angústia daquela gente, vemos e revemos sempre as mesmas imagens assustadoras, ouvimos os relatos e, no final, resta-nos abanar a cabeça e pedir ao que quer que seja que move os cordelinhos da fantuchada que se passa aqui em baixo, que não reserve mais desgraças destas para o futuro. Nem longe de nós. E muito menos aqui perto.
Felizmente um novo ano aproxima-se. Já entrámos em contagem decrescente. Daqui a poucos dias, vamos subir para uma cadeira, com o copo de champagne numa mão, as doze passas já quentes de tanto as apertarmos na outra, para saltarmos com o pé direito na frente nos próximos 365 dias. Para trás ficam tristezas que não pagam dívidas e preocupações. Pela frente já só temos expectativas, projectos e sonhos por realizar. Queremos muito acreditar que aquele segundo que separa o final de um dia do início do seguinte representa mais do que apenas isso. Representa a possibilidade de mudarmos alguma coisa. E é bom acreditar nisso.
De facto, 2005 poderá mudar muita coisa. Todos seremos chamados a dizer de nossa justiça sobre o homem que nos vai governar a casa. Depois virão as autárquicas que já estão a criar o maior burburinho aqui no burgo: Cristóvão Rodrigues, João Capítulo, Alberto Gameiro, Amadeu Penim, Manuel Adelino, Luís Rodrigues, Maria das Mercês Borges, Augusto Pólvora, Odete Graça, Felícia Costa, Esequiel Lino. Os nomes já saltam como pipocas. A ver vamos.
Mas isto faz-me lembrar algo que vi numa revista do coração há poucos dias. Um astrólogo augurava que 2005 seria um ano problemático porque estaríamos todos sob a influência da Lua. Não que isso fosse negativo, porque este satélite natural da Terra, é tipicamente feminino o que é deveras interessante; mas porque somos governados por homens. E é sobejamente conhecida e admitida a dificuldade que os homens têm em perceber as mulheres. Mais! A recente decisão do Sampaio, de pôr um ponto final no sonho do Santana Lopes (que estava a ser o nosso pesadelo), e toda a inconstância de opiniões do nosso Presidente é já uma influência da Lua.
E esta hein?
Resumindo... Quando eles começarem a ir à casa-de-banho aos pares, é razão para ficarmos preocupados.
Por cá, e num ano em que tantas coisas fundamentais serão definidas, com lua ou sem ela, temos de nos manter atentos: a nova marginal, a Mata de Sesimbra, etc., etc., etc. deverão concentrar as nossas atenções. Senão, não há eclipse que nos valha.

sexta-feira, dezembro 24, 2004

Natal

A 'Rede da Xixa' deseja a todos os seus leitores, àqueles que usam este espaço para criticar as minhas opiniões, aos que dizem mal e me chamam medíocre, mas também aos que dizem bem... resumindo: àqueles que DIZEM o que quer se seja, um FELIZ NATAL.

Já agora, e porque aqueles que dizem mal nunca repararam no nome do blog, é importante que se diga que "xixa" é uma expressão que utilizo para dizer que aqui há algo de substancial. Por muito que se esprema há sempre sumo. E prometo continuar a presentear-vos com as minhas opiniões, uma vez que essa é uma prenda não reservo apenas para o dia 25 de Dezembro.
Simultaneamente, a "xixa" faz lembrar a arte de pesca tradicional: "chincha".
Porque apesar de ter sempre os olhos no futuro, a minha alma e o meu coração estão no passado de Sesimbra, nas tradições, na alma deste povo, que é fundamental preservar.

Na volta, cá vos espero!

quarta-feira, dezembro 22, 2004

Edição Especial de Natal

Os jornais regionais apresentam-se, nesta época do ano, mais folharudos e opulentos. Não há nenhum que não se aproveite da solidariedade natalícia alheia para angariar mais publicidade. Não o critico porque são sobejamente conhecidas as dificuldades e os parcos meios com que sobrevivem. Não me agride receber na caixa do correio maços de folhas de publicidade com meia dúzia de notícias. Mas, admito... Apesar de tudo, que ainda há jornais que me surpreendem. Alguém viu o último 'Nova Morada'? Pois é. Este, como todos os outros, traz 90% de publicidade de Natal. Mas tem algo que mais nenhum outro jornal local tem: uma página 2 de suster a respiração.
Já aqui tinha alertado, num post anterior para o facto de que este jornal ter na primeira página, mesmo ao lado da manchete, o anúncio duma sex shop, o que poderia, algumas vezes, suscitar leituras erróneas. Desta feita, a pérola é ainda melhor. Sob a indicação de que se trata duma edição especial de Natal, o director do jornal (que, por acaso assina o texto) expõe uma publireportagem sobre o 'Felina's Bar', algures na Quinta do Conde. As imagens das senhoras que trabalham neste clube de streep tease são sugestivas, assim como o texto. A não perder! É de ir às lágrimas.
Viva o espírito natalício!

Capela de portas abertas

Afinal o Sampaio não veio mesmo à inauguração da Capela do Espírito Santo dos Mareantes. Parece que o próprio já tinha, simpaticamente, declinado o convite há algumas semanas. Mas mesmo que a passagem por Sesimbra constasse da agenda do Presidente da República, não acredito que ele viesse à piscosa. Foi, precisamente, a 18 de Dezembro que Sampaio se sentiu mal numa visita e foi a primeira dama que acabou por fazer as honras da casa, cumprindo os compromissos do Presidente. Tem sido demasiada emoção junta nos últimos tempos. É compreensível.
De qualquer forma, e apesar das más línguas, sempre afiadas, e quase sempre bífidas, que por aí sibilam, a nova Capela está um primor. Finalmente Sesimbra deixou de ter apenas sol, mar e peixe fresco para oferecer. Há cultura!
Esperemos que, de facto, as promessas sejam cumpridas, e que aquele monumento histórico possa honrar o nome do Espírito Santo que tanto diz à vila, aos pescadores e a Portugal. Provavelmente sem se aperceberem, os políticos sesimbrenses de hoje, revitalizaram um nome que há alguns anos atrás ameaçava ruir. Afinal, ainda há razões para acreditar.
Entretanto... Que se faça cultura!

segunda-feira, dezembro 20, 2004

À sombra do sol de inverno

À sombra do sol de inverno lá estava el@ debruçado sobre o muro da praia que lhe enchia os olhos num reflexo agreste que lhe toldava a visão e lhe bloqueava os movimentos. Qual lagarto desértico alimentava-se do sol. Os raios penetravam através dos poros da camisa meio aberta e aqueciam-lhe o corpo nebuloso, consequência de um verão demasiado preenchido de tudo o que devia ser complemento naquela época e pouco do alimento que hoje o regalava.

Tinha acordado cedo, neste dia de férias, porque queria vir sentir o cheiro da fruta fresca na praça, ouvir o chinfrim das calhandras, cheirar o peixe nas bancas, cruzar-se com as esplanadas por montar, beber um café e ler o jornal. Tudo isso era bom e tinha sido pensado num laívo de revivalismo, fazendo-lhe lembrar os dias em que acompanhava a mãe nessas andanças. Contudo, nada fazia prever que ele aparecesse assim tão radiante. Tudo era secundário agora, os seus sentidos estavam bloquedos. Ele tinha-o dominado e controlava-o completamente qual marioneta japonesa, promovendo brincadeiras entre el@ e a sua sombra. Nessa altura, os sapatos começaram a respirar expirando-se para fora dos pés, arrastando consigo os suados peúgos (suados mas sem cheiro!!!). Estes, assim que descobertos só tinham um objectivo...........pisar a areia fina. (Por acaso, já alguma vez experimentaram pisar a fresca areia fina num dia ensolarado de inverno? Por mais quente que seja o sol de inverno, este jamais tem a capacidade de aquecer a areia, o que permite a agradável sensação simultânea de frio e calor. As orelhas e o rosto queimam enquanto os pés se mantêm frios, essa dualidade de extremos faz-nos sentir vivos!)

As suaves ondas fazem sombra na areia, as pessoas são cada vez mais, mas nunca chegam a ser muitas. O tempo passa, a brisa assobia e..........................Oh, não! Lá vem uma núvem!

quarta-feira, dezembro 15, 2004

Carta ao Sr. Presidente Jorge Sampaio

Meu Caro Presidente,

Antes do mais queria manifestar a minha solidariedade pelas decisões que se têm visto na responsabilidade de tomar. Não me manifesto quanto ao acerto das mesmas, pois esse aspecto têm sido já subejamente discutido. Reconheço-lhe, no entanto, a autonomia e compreendo a dificuldade e a responsabilidade de todas as decisões tomadas.

Depois de prestado o devido reconhecimento pela coragem assumida - na minha opinião - venho por este meio apelar perante V.Exa. para outro assunto que assume cabal importancia para o meu dia-a-dia e para todos os concidadãos da Vila e concelho de Sesimbra.

Primeiro quero congratulá-lo pelo facto de vir a Sesimbra no próximo domingo para inaugurar a restaurada Capela do Espirito Santo dos Mareantes. Quase lhe posso assegurar que se optar por almoçar na piscosa, ser-lhe-á servido um maravilhosa repasto de peixes frescos da costa, quem sabe se uma bela caldeirada. Aproveitando a deixa e uma vez que comecei a falar em confusão, quem sabe se poderá visitar o tão propagado (pela CMS) Museu do Mar e desfrutar de um qualquer acontecimento cultural exaltando a cultura Sesimbrense. Será esta uma oportunidade única para mostrar a tão distinta personalidade da vida política e social portuguesa aquilo que se têm feito pela cultura por estas bandas.

Embalado pela reconstituição dessa peça de património que é a Capela do Espirito Santo dos Mareantes, poderá visitar e desfrutar de espaços igualmente aproveitados como a Fortaleza de Santigo ou o Forte do Cavalo.

Contudo, tudo o que venho escrevendo tem-me afastado da real razão desta carta. Calculo que não saiba que as vias que rodeiam a Capela que irá inaugurar foram repavimentadas e aprumadas para a ocasião. Qual pétalas de rosa, V.Exa. irá pisar por pavimento distinto e ......especial. E especial porquê? -poderá interrogar-se! Porque essa zona não é mais que um mero oásis no deserto esburacado da vila.

Então e dada a inutilidade de pedir à Câmara Municipal que resolva essa situação, tive uma ideia luminosa. Queria pedir-lhe que viesse mais vezes a Sesimbra para fazer inaugurações. Já tenho um esquema engendrado para que tudo funcione sem problemas.

Irei usar as figuras do presépio lá de casa colocando-as em vários pontos estratégicos da vila, depois faço uns mini altares em areia da praia e conchas. Tapá-los-ei com uma "japona de oleado" para evitar que a chuva me estrague o arranjo.

Finalmente é só convidar V.Exa. para vir cá inaugurar cada um desses locais. Assim, o acesso poente e nascente de Sesimbra serão repavimentados, bem como todas as outras entradas na vila. Por certo que será conduzido pela única das 4 entradas na vila que está aceitável e não poderá circular por esses campos de minas. mas peço-lhe que compactue com esta bem intecionada trama.

Despeço-me reforçando o pedido de ajuda e informando-o que esta é a única hipotese possível de resolver a situação. Visite-nos.

Um Abraço

Pexit@ Calhandr@

domingo, dezembro 12, 2004

Enfeites à última hora

É consensual que uma das atitudes mais características dos portugueses é deixarem tudo para a última hora. Fica sempre bem fazer jus a essa qualidade.
Curiosamente, há quase um mês atrás, alguns lisboetas afirmavam-se indignados com a quantia avultada gasta nos enfeites de Natal da baixa da capital. Mas quem desce o Rossio, não pode ficar indiferente. Exceptuando a iluminação mais psicadélica, tudo o resto é um deleite para os olhos. O comércio tradicional ficou, com certeza a ganhar. Toda a envolvência criada convida à natural tendência consumista natalícia.
Os gastos são obvimente MUITO discutíveis. Mas temos ali uma coisa que enche os olhos.

Por comparação, aqui no burguinho, a programação de Natal - os concertos nas igrejas, a mostra de doces, etc., etc. - começou logo no início de Dezembro, mas a iluminação natalícia não acompanhou essa dinâmica cultural. Parece que em tudo o que se faz nesta terra, mesmo que bem feito, ficam sempre coisas penduradas.
Esta sexta-feira, num passeio pela vila, verifiquei que as mesmas estruturas ferrugentas, de todos os anos, estão ainda a ser montadas. À noite, apesar do frio, ainda saí à rua, na expectativa de encher os olhos de luzes... mas os fios ainda estavam pendurados e desligados.
Não faço ideia do dinheiro gasto com estas estruturas. Mas o pouco que foi gasto, começa a ser tão discutível como o esbanjamento da autarquia lisboeta. Daqui a pouco mais vale não pôr nada!
Nada de novo neste lado do Tejo.
Resta-me apenas lembrar que, por exemplo, na rua do 'Doce e Frio' ou do jornal 'O Sesimbrense' houve uma armação de ferro com os desejos de "Feliz Natal" que ali permaneceu vários meses, há alguns anos atrás. Não sei se ficou de um Natal para o outro (apagada claro), mas deve ter andado bem perto disso. Na altura achei o desleixo criticável. Agora compreendo que era capaz de ser a única forma de os sesimbrenses conseguirem encher os olhos de luzes.

sábado, dezembro 04, 2004

O caga-lume do Tarzan

Há, precisamente, um ano atrás, o país resistia de tanga às temperaturas glaciares que teimavam em enregelar os nosso temperado inverno. Definhávamos como tarzan’s lingrinhas e escanzelados, perdidos na selva, sem Jane’s ou mães gorilas que nos adoptassem. De tanga. Apenas e tão só. De tanga.
Como se não bastasse, surgiu uma tal de Manuela Ferreira Leite que insistiu em apertar o cinto, que já não tínhamos. Sem resistir, sem recusar, sem barafustar, acedemos. Apertámos o cinto que nunca usámos.
Um ano depois, muita coisa mudou: a Manuela, o Durão... desculpem, o José Manuel Barroso, o Portas, o Santana Lopes, o José Sócrates. Enfim... Silenciaram a música na dança das cadeiras e os fantasmas do ano passado caíram estatelados no chão.
Mudou tudo. Menos a tanga. A pouco e pouco, os tarzan’s sem selva, nem Jane, nem mãe-gorila, têm conseguido reunir forças para subsistir. A pouco e pouco desapertamos o tal cinto que nunca chegámos a ter. Mas a famosa e tão almejada retoma teima em chegar.
A barafunda nacional fez-me lembrar a barafunda sesimbrense. Hoje abri um dos folhetos que a Câmara Municipal de Sesimbra está a distribuir com a programação de Natal. Diz assim: “Se há coisas que não mudam, o Natal é uma delas. Mas este ano, em Sesimbra, as comemorações natalícias trazem-lhe algo de diferente”.
O programa, de facto, (há que admiti-lo) tem algumas novidades.
Não quero que digam que "em terra onde pouco ou nada se faz... critica-se o que se faz”.
Mas, também é certo que, em terra onde não se faz nada, qualquer “caga-lume” que apareça é logo motivo para anunciar um grande espectáculo pirotécnico.
Ora, foi precisamente neste ponto que o fio do meu pensamento empanou. No ano passado, à meia-noite do dia 31 de Janeiro, centenas e centenas de pessoas juntaram-se na marginal para assistir ao tradicional fogo de artifício... que nunca existiu. Nem o sacana do pirilampo se lembrou de dar um ar de sua graça para alegrar os tesos tarzan’s ali prostrados, bêbados que nem uns cachos, fedorentos a vinho tinto rasca de pacote, comprado no Lidl, porque a bolsa não dava para o champagne.
Mais tarde, Amadeu Penim justifica esta falha com as limitações orçamentais. Compreensivos, como sempre, aceitámos a desculpa com um “ao menos podia ter avisado!”.
Este ano, segundo o programa, o “espectáculo pirotécnico NOVO ANO – SEJA BEM-VINDO A 2005” sobre a Baía de Sesimbra” já está contemplado. Mas... da maneira como anda o país e aqui a vila, das duas, uma: 1) ou o “caga-lume” vai fazer um brilharete porque em terra onde pouco se faz, somos obrigados a elogiar o poucachinho que se vai fazendo; 2) ou o presidente da Câmara aprendeu a lição com o que se passou no Porto há uns anos atrás.
Resta esperar para ver!