sexta-feira, outubro 08, 2004

Democracia e outros inconvenientes

Neste dia, em que, final e infelizmente, o Outono parece decidido a mostrar a sua verdadeira face, retirando a máscara de melhor parte do Verão de 2004, não há ninguém que não fale no afastamento do professor que lê 20 livros de dimensão bíblica por semana, que raramente dorme e que durante 4 anos tentou à sua maneira - claro! - ajudar a entender os melindres da vida política e social deste cantinho à beira-mar plantado. Mas não me vou debruçar sobre a validade ou qualidade dos comentários do Prof.Marcelo, contudo, todos estes acontecimentos fizeram-me pensar e repensar algumas situações que se passam aqui para os lados da piscosa.

Se um governante comenta e pressiona alguém que tece opiniões discordantes daquilo que tem sido a linha de actuação do elenco de que faz parte, fala-se em inquisição, opressão e quebra do direito democrático de exprimir opiniões.

Se a expressão dessas opiniões decorre dentro do espaço de agente de informação, fala-se em obsturção da liberdade de imprensa. O resultado de tudo isto pode ser, quem sabe, a decadência do organismo que quebrou as regras democráticas.

O que se deve então considerar, se uma determinada entidade exerce pressão sobre esses mesmos meios de informação para que aquilo que se propõe fazer chegue aos leitores, ouvintes como a melhor das soluções?

A que se deve chamar à promiscuidade de termos directores de orgãos de informação que, a título pessoal (segundo convite), viajaram até Londres, nas asas de uma qualquer ave que habita na mata, tem poucas penas e muita 'peli' e calça botas de 'cano' alto? A questão que se me coloca perante tal cenário é a seguinte: - Se é tudo tão bom, tão sustentável, tão ecológico, tão perfeito! P'ra quê? Porquê?

Se o governo que obstrui a liberdade de imprensa deve cair, os orgãos de informação que se deixam corromper devem....

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