quinta-feira, outubro 07, 2004

A nossa Quintinha

O facto de ter criado este blog está a causar-me alguma comichão nas pontas dos dedos. Tenho muita vontade de me armar em pexit@ calhandr@ e esmiuçar aqui centenas de histórias daquelas que vou sabendo quando espreito para a rua, escondid@ atrás das cortinas da janela de minha casa. O facto de estar situada bem no centro de Sesimbra permite-me ver e ouvir muita coisa. E depois tenho as vizinhas e comadres, que à falta de melhor para fazer, vêm ter comigo para trocamos impressões sobre tudo, embaladas pelas agulhas de crochê e enquanto partilhamos chás, bolos e uma das telenovelas da TVI. Mas agora o que está a dar é recordar, entre gargalhadas desaprovadoras, os episódios da 'Quinta das Celebridades'. Eu sei. Não se fala noutra coisa: O escandaloso fio-dental do sr. White Castle, os seus 75 pares de sapatos e chapéus, a sua pose de conde, a sua conduta (trans)sexual, o sua mangonice e os seus roncos noctívagos. Mas, tanto show off tem apagado a nossa conterrânea Fátima Preto. Não é que ela não se sinta em casa perto do conde, pois ainda há dias numa entrevista à Nova Gente, a Fatinha dizia ser descendente de sangue azul. Não duvidamos. Sabemos que é menina de boas famílias e os Pretos sempre foram respeitados aqui no burgo. Mas há qualquer coisa que anda a deixar a pexita pouco à vontade. Veja-se que até o burro, que apresenta os programas diários junto da Júlia Pinheiro, questionava-se, há dias, se a loiraça não seria muda!
Será que ficou constrangida desde a entrada para o programa, quando ficou encavacada por não saber responder à apresentadora sobre o que é uma "loira tradicional", depois da Fátima lhe ter respondido que ia para a Quinta para tentar desmistificar a ideia que as pessoas, em geral, têm das loiras!
Se foi isso ... então a menina tem boas razões para se manter calada. Afinal, qual terá sido a parte da loira que ela não percebeu? Ora, se, de agora por diante, a Fátima mantiver a matraca fechada, nunca ninguém saberá, de facto, o que é o estereótipo duma loira. E está desmistificada a ideia! Boa?
Pois é, e enquanto a celebridade pexita está entretida nessa tarefa hercúlea, aqui no burgo as coisas andam bastante paradas. Ela não está a perder nada, convenhamos. Há pouco para calhandrar. O tempo ainda está morno e o nosso blog ainda está a aquecer. Aproveitemos então para descer até à praia e aproveitar os últimos raios de sol que o boletim meteorológico já vaticina o fim da boa vida. Felizmente, durante um bom par de meses não vou ter de me confrontar com a enormidade do edifício Mar da Califórnia. Já me achava um@ pexit@ arraçad@ de gaulês@, sempre com medo que o céu, ou melhor, o empreendimento, me caísse em cima da cabeça.
Esperemos também que a chuva venha refrear alguns ânimos que já andavam excitadinhos com o aproximar galopante das eleições autárquicas. Ainda agora a procissão vai no adro e as movimentações já fazem cair o queixo dos mais arredados das troca-tintas políticas.
Anda tudo tão desarrumado que, das duas uma, ou temos de pedir uma enxurrada de água na estação das chuvas para pôr esta terra de cara lavada, ou chamamos a Zázá do Castelo Branco, que com o patrão entretido na Quinta, bem que nos podia vir dar uma ajuda!

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